" O papel é um cofre, onde podemos depositar jóias raras, e a caneta, é a chave para este cofre "

Procurei versos nas ruas vazias da minha imaginação.
Procurei sons nos comodos escuros da minha solidão.
Procurei palavras na boca calada, encontrei oração.
E as lágrimas que corriam não era medo nem dor era gratidão!!!!

terça-feira, 22 de maio de 2012

Reposição hormonal natural na menopausa

Hormônios são mensageiros que as glândulas mandam para modificar a atuação das células, proporcionando saúde, equilíbrio, bem-estar e impedindo o envelhecimento. Quando sua produção diminui (eles não desaparecem do corpo, o organismo os produz em menor quantidade), proporcionalmente as pessoas começam a envelhecer; isto acontece mais ou menos aos 30 anos de idade, lentamente, já programado nos genes. Fazer a reposição de uma maneira natural é o “elixir da juventude”, porque os hormônios artificiais, feitos em laboratório, não têm a mesma estrutura molecular do hor-mônio produzido naturalmente pelo organismo. Brinque com a composição molecular, troque de lugar um único átomo de oxigênio, e o organismo saberá. A curto prazo, podem surgir alguns efeitos colaterais, e com o tempo, o risco de câncer e outras doenças degenerativas pode aumentar. Não basta ser semelhante, tem que ser idêntico. O hormônio sintético ocupa o local receptor; é como alguém que chega sem ser convidado para uma festa, impedindo o hormônio verdadeiro de ocupar seu lugar na célula. Já os fito-hormônios não têm contra-indicação, porque foram fabricados num laboratório perfeito: A NATUREZA.
Na TRH (Terapia de Reposição Hormonal) convencional, isto é, a reposição feita com remédios de drogaria, há efeitos colaterais tais como inchaços (retenção de líquido), náuseas, aumento de peso, dores de cabeça e pelo corpo, irritabilidade, caroços pelo corpo, crescimento de nódulos musculares no útero, inchaço nos seios, sobrecarga no fígado, pressão alta, tromboses e embolias; diversos cânceres também são provocados por este método.
Bom exemplo é o premarim, um estrogênio artificial receitado com freqüência, que protegia pessoas com problemas cardíacos mas estava contribuindo para o câncer de mama e do endométrio (parte interna do útero). Os médicos começaram a usar junto com provera (progesterona sintética) e o risco de doenças cardíacas aumentou de novo. E o mais perigoso é que o premarim é feito com urina de éguas prenhas que são aprisionadas, tratadas estupidamente e sacrificadas para este fim. O premarim, assim como outros hormônios que estão no mercado, mesmo associando o estrogênio com o progesterona, podem provocar diversos tipos de câncer, segundo pesquisas feitas com cerca de 50 mil mulheres no Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos. Estudos parecidos confirmaram isto em várias partes do mundo, inclusive numa Universidade no sul da Califórnia. Outro perigo é fazer a TRH para quem tem debilidades como problemas hepáticos agudos.
Mas se quiser comprovar o que estes hormônios sintéticos são capazes de fazer é só olhar a bula, às seções “Reações Adversas”, “Precauções” e “Contra-indicações”. A reposição hormonal natural, isto é, feita com fitoestrogênio ou fitoesteróides pode ser a solução.
QUE SÃO OS FITO-HORMÔNIOS ?
Também chamados fitoesteróides ou fitoestrogênios, são alimentos fitoterápicos, com estrutura molecular semelhante à do estrogênio humano, embora com efeito mais fraco e diferente. Demoram mais para causar benefícios, entretanto são mais seguros, sem o perigo de usar dosagens erradas, porque nosso corpo absorve o necessário e elimina os excessos, em mais uma mostra da sapiência da natureza). Existem milhares de folhas, frutos, raízes e até sementes que contêm estes “hormônios”, beneficiando as mulheres que optaram por este método.
Agora vamos conhecer que hormônios são estes:
• O ginseng (Não usar se houver pressão alta e diabetes) – os mais indicados ainda o dong quai e a raiz de alcaçuz, chamada de ginseng da mulher.
• Erva-de-São-João, raiz de kava-kava, urtiga, valeriana, castanheiro-da-índia e também o cravo-da-índia.
• Vegetais da família do repolho, que aumentam a taxa de produção do estrogênio que circula no corpo.
• A soja e seus derivados (tofu, leite) são ricos em isoflavonas, uma classe de fitoestrógeno que diminui a taxa de colesterol, aumenta o conteúdo de minerais nos ossos, alivia sintomas da menopausa. São recomendados para quem tem câncer de mama e cólon de útero. As exceções, no caso dos derivados, são o óleo e a carne da soja, que não contêm isoflavonas e não são recomendados para a saúde. Já o shoyu (molho de soja) pode ser usado em saladas, porém não tem isoflavonas.
• A vitamina E – neutraliza calores, reduz o risco de problemas cardiovasculares, suores, depressão, ansiedade, tontura, palpitações, falta de ar e fadiga em seis semanas (diabéticos devem usar doses reduzidas). Esta vitamina você encontra em nozes, grãos integrais, amêndoas, azeite de oliva, gérmen de trigo novo prensado a vácuo. Ela ainda age como um antioxidante e combate o LDL – “MAU COLESTEROL”, que, oxidado, pode prejudicar as veias sangüíneas e causar arteriosclerose. O mesmo benefício não foi conseguido com suplementos vitamínicos.
• Salsinha, gergelim, ameixas, anis, aipo, alho, brócolis, couve-de-bruxelas, milho, semente de feno-grego, abacaxi, linhaça, broto de alfafa, abóbora, erva doce, maçã, banana, vagens, beterraba, cerejas, mamão, azeitonas, milho, pepino, batatas e muitas outras são substâncias semelhantes ao estrógeno.
• O pólen é rico em hormônio do crescimento que, segundo pesquisas, aumenta a resposta dos ovários às gonadotropinas (hormônios secretados pela hipófise).Este hormônio auxilia a produção de estrogênio e tem efeito positivo em casos de ovário policístico, anovulatório e alguns tipos de infertilidade.
• Inhame (inhaminho), que é muito rico em progesterona.
• As sementes e os brotos ricos em vitamina E – Tomar nove cápsulas de 250 mg por dia, até os fogachos desaparecerem. Depois reduzir para seis e fazer a manutenção usando só três. Pode-se acrescentar óleo de prímula (evening primrosc), três cápsulas ao dia.
• Para repor a progesterona deficiente, o ideal seria conseguir em farmácia de manipulação um creme composto de inhame silvestre do México, Ginseng Siberiano, Actéia negra, bardana, aloe vera e óleo de jojoba ou abacate. Este seria esfregado na pele do abdome, das axilas, das mamas e das coxas, alternadamente, durante 12 dias consecutivos por mês. Tomar o chá de folhas de amoreira também é recomendado por alguns especialistas, com resultados excelentes. Dose: um copo de três em três horas; descansar depois de 60 dias e, dez dias depois, recomeçar.
• Bardana, todos os cereais integrais, todas as sementes, linhaça, sementes de girassol e abóbora, gérmen de trigo, brotos de alfafa e de soja. Obs: Os alimentos crus e frescos têm um efeito maior que os cozidos.
O estrogênio natural aumenta o número de vasos sangüíneos localizados na região da uretra, o que eleva a pressão sobre o canal, evitando a incontinência urinária. Estudos demonstram que a TRH (natural) aumenta o colesterol “bom”, o HDL, e reduz o “ruim”, o LDL; por isso reduz problemas cardíacos. Aumenta o sistema imunológico, impede a fragilidade de ossos e vasos sangüíneos, melhora a artrite, artrose, estresse, mal de Alzheimer; combate os radicais livres e a atrofia muscular. Regulariza a perda de memória, insônia, fraqueza, fadiga, perda de libido, ajuda o organismo a curar-se mais rápido, revitaliza o corpo…
A Menopausa deveria ser o momento mais importante na vida da mulher, porque os filhos já não precisam mais de tanta proteção, chegou o amadurecimento, provável estabilidade financeira, a aposentadoria, e é hora de fazer tudo que sempre se sonhou e as circunstâncias não permitiram. É hora de viver melhor a sexualidade, com mais desprendimento; porém, por questões culturais, religiosas, culpas ou outra coisa qualquer, a Menopausa no Ocidente é vista como o começo da velhice e definhamento. Isso, numa sociedade que não valoriza o envelhecer, ao contrário, o deprecia, já é suficiente para que a pessoa se sinta insegura; insegurança que gera medo, e medo que gera doença. Aliemos a isto uma alimentação incorreta, hábitos inadequados e vícios cultivados durante toda a vida, como o mal agir e o mal pensar, medo frente a situações novas, dificuldade de perdoar, de entender o outro e a si mesmo, enfim, emoções mal elaboradas, reprimidas, e teremos um terreno fértil para o aparecimento de sintomas nesta fase de vida.
A Menopausa é definida com a última menstruação e é causada pela parada do funcionamento dos ovários, levando à queda da produção dos hormônios ovarianos: o estrogênio e a progesterona. Com ela se encerra também o ciclo reprodutivo. Na fase que denominamos de climatério, que se inicia por volta de cinco anos antes da Menopausa e se estende aproximadamente por mais cinco anos depois dela, ocorrem alterações físicas e comportamentais, sem causa aparente, o que faz com que a mulher despreparada sofra. Já em países como o Japão e a Índia, onde a velhice é respeitada por sua sabedoria, as mulheres aceitam bem a menopausa e quase não se queixam de sintomas, esperando-a alegremente e com liberdade.
Na adolescência, há uma descarga de hormônios, modificando o corpo, a fala e a pele, provavelmente sem efeitos dolorosos. Tudo acontece num momento de grandes perspectivas: realizar sonhos como casar, ter filhos, formar-se etc. Por que na Menopausa, quando acontece uma baixa dos hormônios, cria-se uma série de transtornos físicos, mentais e emocionais? E por que outras mulheres passam por ela com muita tranqüilidade? Este é o momento de procurar um bom psicólogo para ajudar a elaborar as emoções e descobrir o novo propósito de vida, que vem com as mudanças nem sempre de fácil adaptação. É a hora de rever como está a vida, se valeu a pena seguir o caminho escolhido ou se quer mudar. São situações que desequilibram a energia vital, fazendo com que o corpo adoeça e, onde houver mais fragilidade, é aí que a doença vai se instalar.
CONHEÇA ALGUNS DOS SINTOMAS DA MENOPAUSA:
? Ressecamento de olhos, pele, unhas e vagina.
? Falta de sono, menstruação irregular, abundante, prolongada, ou sangramento fora da época.
? Aumento de peso.
? Incontinência urinária; memória fraca; perda de concentração.
? Dores musculares; obesidade ou emagrecimento, dispepsia, meteorismo, dores no baixo-ventre, artrose, descalcificação óssea (osteoporose).
? Calores repentinos, transpiração, palpitação, prisão de ventre, vertigens, oscilação de humor.
? Queda de cabelo, crescimento de pelos.
? Tristezas; depressões ou excitabilidade, sudação nervosa, dificuldades sexuais. Perturbação no sono e suores noturnos.
? Palpitações, falta de ar, problemas circulatórios, mentais etc.
COMO PREVENIR:
? Não ter vida sedentária, mas fazer caminhadas, exercícios físicos, yoga, natação etc.
? Usar roupas folgadas, tecidos de algodão, evitar sintéticos.
? Beber bastante água durante o dia.
? Fazer mudança climática (praia, banhos de mar, montanhas…)
? Não usar anticoncepcional, porém ter filhos e amamentar, o que acabará protegendo contra estes males.
? Procurar estar relaxada e fazer massagens.
? Ingerir substâncias que contenham magnésio, cálcio, vitamina C.
? Tomar cuidado com alimentos que contenham pesticidas, que agirão de forma semelhante a hormônios artificiais. As moléculas de pesticidas podem provocar reações hormonais impróprias e a formação descontrolada de células cancerígenas.
? Não fumar (o cigarro é vaso constritor, intensifica as ondas de calor e faz a circulação sangüínea ficar mais lenta) nem usar bebidas alcóolicas, café, etc.
? Observar se existem problemas digestivos, prisão de ventre, gases, ressecamento etc.
? Evitar comer carnes, vermelhas ou brancas, derivados do leite cuja procedência seja desconhecida ou duvidosa, porque eles contêm hormônios artificiais que irão desequilibrar o corpo.
? Dispensar alimentos que contenham produtos químicos em geral, como enlatados, biscoitos com conservantes, anti-mofo, corantes.
? Evitar refrigerantes, farinha de trigo e arroz branco (usar os integrais) e leites (usar coalhadas ou iogurte).
? Evitar açúcar, que é muito prejudicial, pois provoca no pâncreas uma flutuação hormonal que leva à baixa de estrógeno. Seu efeito sobre as supra-renais é prejudicial, provocando lentidão no trânsito dos elementos químicos dos hormônios, baixando também o nível de estrógeno.
? Evitar o excesso de proteína, que acidifica o sangue, causa prisão de ventre e rouba os nutrientes (Leia o artigo “Por que não comer carne?”).
? Queijos? Use os mais simples tipo frescal, mussarela (sem conservantes) ou ricota, pois os envelhecidos prejudicam sua saúde, são acidificantes. O ideal é saber a procedência do leite para a fabricação do queijo.
? Fazer refeições leves, em horários estabelecidos, ricas em saladas, principalmente cruas, frutas e cereais integrais.
? Evitar frituras ou qualquer tipo de gordura saturada,
? Combater a obesidade.
? Abolir o sal.
? Fazer uso de alimentos que contenham vitaminas como E, C e B e minerais como o magnésio e o cálcio.
? Procurar tomar sol, receber ar puro, ter contato com a terra, admirar paisagens da natureza. Estas são atitude de cura.
? Ler o livro “Yoga – Terapia-Hormonal para Menopausa”, da professora Dinah Rodrigues, Editora Madras, onde são abordadas diversas posturas de yoga para reativar a produção dos hormônios, com resultados comprovados através de exames (ovários preguiçosos voltaram a funcionar e mulheres estéreis engravidaram, conseguindo um equilíbrio não só dos hormônios sexuais como de todos do corpo).
? Evitar o estresse, brigas, discussões, guardar sentimentos negativos.
? Ter um ideal e um amor – este é o sentido da vida.
? Fazer hidroterapia – vai acalmar, estimular o metabolismo e a circulação sangüínea. Além disso, vai eliminar toxinas do corpo, descongestionando.

Reposição hormonal , melhora o libido e o humor.


Heresia Hormonal – A Verdade Mortal Sobre o Estrogênio
A História da Terapia de Reposição Hormonal
- Um Breve Passeio Ginecológico pelo Corpo da Mulher - O Mito do Estrogênio e da Progesterona Sintética - Entra em Cena a Progesterona Natural - Os Efeitos da Predominância Estrogênica - Alguns Efeitos da Predominância Estrogênica -
Benefícios da Progesterona Natural Contra o Envelhecimento
Parte  I
por Sherrill Sellman
.....Por mais de 300 anos, começando no século 13 e continuando até meados do século 16, a Inquisição foi um reinado de terror para a grande maioria das pessoas que viviam na Europa e na Escandinávia. As forças políticas, econômicas e religiosas da época se juntaram para consolidar seu poder, eliminando aqueles que eles considerassem empecilhos aos seus objetivos finais.
.....O azarado alvo de suas investidas eram os guardiões das artes da cura e dos antigos conhecimentos espirituais e culturais. Os historiadores debatem o exato tributo dessa era infernal – se foram várias centenas de milhares ou se chegou a nove milhões de pessoas – mas é inquestionável que a grande maioria das vítimas foi de mulheres. Na verdade, a Inquisição está sendo hoje considerada um período de genocídio contra as mulheres, o qual conseguiu despir a mulher do seu poder, seu auto-respeito, sua riqueza, da arte de curar, bem como da sua proeminência e influência na comunidade.
.....A Inquisição garantiu que os patriarcas da Igreja fossem autoridades espirituais incontestáveis. Teve também êxito em preservar os conhecimentos médicos no domínio dos homens, pois a Inquisição decretou que apenas os médicos formados poderiam praticar as artes da cura e, evidentemente, foi barrado o acesso de mulheres às escolas de medicina (aliás, foi barrado o acesso de mulheres a qualquer forma de educação).
.....Que bom que essa tão violenta era de aversão às mulheres tenha acabado há muito tempo. Mas será que acabou? Infelizmente, parece que algumas tradições ainda persistem. A mulher de hoje ainda é vítima de gigantescos interesses políticos e econômicos, com terríveis conseqüências para a sua saúde, independência financeira e poder pessoal. Talvez a Inquisição não tenha acabado afinal, apenas adotou uma forma mais sutil e inescrupulosa.
.....As mulheres certamente representam um grande negócios para os interesses médicos e para indústria farmacêutica. Segundo John Archer, autor de Bad Medicine, cerca de 600.000 histerectomias são realizadas anualmente nos Estados Unidos e ao redor de 45.000 por ano na Austrália.1  Em 1994, estimou-se que 45.000 australianas faziam Terapia de Reposição Hormonal (TRH).2  Muitas mulheres são atualmente encorajadas a continuar com a TRH até o resto de suas vidas pós-menopausa.
.....De acordo com o D. Stanley West – um reconhecido especialista em infertilidade, chefe de endocrinologia reprodutiva no St. Vincent’s Hospital de Nova Iorque e autor de O Golpe da Histerectomia – cerca de 90 por cento de todas as histerectomias são desnecessárias. Consultores ginecológicos do Grupo de Pesquisa de Saúde Pública Ralph Nader chegaram a uma conclusão semelhante em 1991, no livro Um Alerta à Saúde das Mulheres. Segundo o Dr. West, a única razão cem por cento justificada para a realização de uma histerectomia é para tratamento de câncer dos órgãos reprodutivos.3 No entanto, as histerectomias são oferecidas com muita freqüência como tratamento para uma variedade de situações, inclusive para endometriose, fibroses, cistos ovarianos, inflamações pélvicas e prolapso uterino.
.....Não é por acaso que os ginecologistas costumam ter a mais alta remuneração entre todas as demais especialidades. Ao longo de todas as suas vidas, as mulheres são encorajadas a se submeterem continuamente a vários tratamentos e procedimentos médicos. Funções naturais da mulher, desde menstruação até parto e menopausa, são assumidas por intervenção médica e farmacêutica. Bombardeadas por desinformação, mitos, propaganda e, em alguns casos, por pura mentira, não é de admirar que tantas mulheres fiquem completamente confusas acerca de questões relativas aos seus próprios corpos e sua saúde.
 
.....Talvez não haja um tópico que confunda mais a mulher que a adoção da reposição hormonal na menopausa, alvo de intensa propaganda. A TRH é enaltecida como a melhor coisa surgida para a liberação da mulher desde a descoberta dos anticoncepcionais de uso oral – apesar de as estatísticas hoje mostrarem que o uso disseminado da pílula provocou um aumento nos riscos para a saúde, como câncer da mama, pressão alta e doenças cardiovasculares, numa escala antes vista na medicina.4
.....A investigação sobre a teoria da reposição de hormônios remonta aos idos de 1930, com a pesquisa do Dr. Serge Voronoff. O seu trabalho envolvia a implantação de testículos de macacos em escrotos de homens, com limitada eficácia. Os desdobramentos dessa pesquisa levaram ao enxerto de ovários de macacas em mulheres, com terríveis conseqüências. Depois de muitas mortes (de macacas e de mulheres), a pesquisa foi redirecionada ao uso de estrogênio sintético. Com o advento da Segunda Guerra Mundial, a pesquisa foi suspensa.
.....A menopausa não virou moda como tópico de preocupação para a profissão médica antes da década de 1960. Em 1966, um ginecologista de Nova Iorque, o Dr. Robert Wilson, publicou um best-seller chamado Feminine Forever ("Feminina Para Sempre"), exaltando as virtudes da reposição do estrogênio como forma de salvar a mulher da “tragédia de menopausa, que muitas vezes destrói a personalidade e a saúde”. Esse livro vendeu mais de 100.000 exemplares no primeiro ano. Wilson promoveu vigorosamente a menopausa como uma condição de “decadência de vida”. Segundo ele, a reposição de estrogênio era como a tão procurada pílula da juventude, que iria proteger a pobre mulher contra os horrores da idade. Ele tornou popular a errônea crença de que a menopausa é uma deficiência.
.....As revistas femininas agarraram-se avidamente às suas idéias e promoveram amplamente os seus conceitos. Isso deixou Wilson muito feliz, pois ele já havia criado anteriormente a Fundação Wilson, com o exclusivo propósito de promover o uso de drogas estrogênicas. A indústria farmacêutica contribuiu generosamente com mais de 1,3 milhão de dólares para a sua Fundação. A cada ano ele recebia verbas de empresas como Searle, Wyeth-Ayerst Laboratories e Upjohn, que fabricavam produtos com os hormônios que Wilson alegava serem eficazes no tratamento e prevenção da menopausa. As empresas farmacêuticas aproveitaram a onda, fazendo vigorosas promoções e fortes campanhas publicitárias. A mensagem do Dr. Wilson atingiu um alvo bastante receptivo – "mulheres de meia-idade precisam de drogas com hormônios para serem salvas dos inevitáveis horrores e decrepitudes desta terrível deficiência chamada menopausa."
.....O Dr. Wilson foi pioneiro no uso de estrogênio não combinado. No entanto, não se tinha tido nenhuma avaliação formal da segurança da terapia com estrogênio, nem de seus efeitos a longo prazo. O estrogênio não combinado saiu de moda quando ficou obviamente evidente que ele encurtava o tempo de vida de suas usuárias. Em 1975, o New England Journal of Medicine examinou as taxas de câncer endométrico em consumidores de estrogênio, concluindo que o risco era 7,5 vezes maior nos usuários desse hormônio. As mulheres que haviam usado estrogênio por sete anos ou mais tinham 14 vezes mais chances de desenvolver câncer.5
.....À medida que a popularidade da terapia do estrogênio não combinado foi caindo, buscaram-se novas abordagens. O foco foi também desviado, de falsas alegações sobre preservação da beleza e juventude da mulher, para assuntos de saúde mais urgentes. A indústria farmacêutica ressuscitou a terapia de reposição do estrogênio através de uma terapia de reposição hormonal “segura” – uma combinação de progesterona sintética e estrogênio, a qual supostamente protegeria mulheres na menopausa não apenas contra doenças cardiovasculares, mas também contra a devastação da osteoporose.
.....Embora os chamados “especialistas em saúde da mulher” assegurem que não existem efeitos colaterais desagradáveis, ou que eles são mínimos, a Dra. Lynette J. Dumble, pesquisadora sênior do Departamento de Cirurgia da Universidade de Melbourne no Hospital Royal Melbourne, acredita que “o único propósito da TRH é criar um mercado comercial altamente lucrativo para as empresas farmacêuticas e para os médicos. Os supostos benefícios da TRH não têm qualquer comprovação”. Ela acredita que a TRH não apenas agrava os atuais problemas de saúde, mas também contribui para acelerar o processo de envelhecimento na mulher. Essa terapia apressa o surgimento de outras doenças ou piora as já existentes.
.....Esta perspectiva parece ter sido confirmada pelas recentes descobertas a partir de um estudo histórico, publicado no New England Journal of Medicine em 1995 e abrangendo 121.700 mulheres, que revelou efeitos alarmantes da TRH. O estudo adverte que as mulheres que usaram a TRH para compensar os sintomas da menopausa, aumentaram também suas chances de desenvolver câncer de mama, de 30 a 40 por cento, ao tomarem o hormônio durante mais de 5 anos.  Em mulheres com idades entre 60 e 64 anos, o risco do câncer de mama aumentou para 70 por cento após 5 anos de TRH. Por último, o estudo concluiu que as mulheres que usavam a TRH tinham 45 por cento mais chance de morrer por câncer de mama que aquelas que preferiram não usar a TRH, ou que a usaram por menos que 6 anos.6
.....Segundo Leslie Kenton, autora de Passage to Power, “qualquer um que seja alguma coisa na vida lhe dirá que a menopausa é uma doença, causada por deficiência de estrogênio, e que você precisará ingerir mais estrogênio à medida que se aproximar da meia-idade.  O que poderá surpreender você é o seguinte – não apenas está errada a maior parte desse aconselhamento comumente dados sobre a menopausa, mas também uma boa parte dele pode ser positivamente perigosa.”
Felizmente, há um outro lado da história do hormônio – uma perspectiva que pode ajudar mulheres de todas as idades a não apenas a alcançar uma saúde melhor, mas também a recuperar um sentimento de mais poder, responsabilidade e dignidade em suas vidas.
 
.....Para entender o debate sobre TRH, é importante primeiro ter um conhecimento rudimentar da natureza cíclica da mulher.
.....Até recentemente, os médicos pensavam que a menopausa começava quando todos os óvulos do ovário se tivessem esgotados. Porém, trabalhos recentes demonstraram que a menopausa provavelmente não é desencadeada pelo ovário, mas sim pelo cérebro. Parece que tanto a puberdade quanto a menopausa são eventos acionados pelo cérebro.
.....A menstruação depende de uma complexa rede de comunicação hormonal entre os ovários, o hipotálamo, e a glândula pituitária (hipófise) no cérebro. O hipotálamo segrega um hormônio que libera gonadotrofina (GnRH), que desencadeia a produção do hormônio estimulador dos folículos (FSH) pela hipófise. O FSH então estimula o crescimento dos folículos do óvulo (pequeno saco ou glândula excretora) nos ovários, para provocar a ovulação. À medida que os folículos crescem, o estrogênio é produzido e lançado no sangue.
.....Esta reação em cadeia não é uma via de mão única. O estradiol, um dos estrógenos ovarianos na corrente sangüínea, também age sobre o hipotálamo, causando uma alteração no GnRH. A seguir, esse hormônio modificado estimula a pituitária a produzir o hormônio luteinizante (LH), o qual provoca a eclosão dos folículos e a liberação do óvulo. Após o óvulo ser expelido, também a progesterona é produzida pelos folículos, os quais se transformam em corpus luteum.
.....Os hormônios liberados durante o ciclo menstrual não são segregados de forma constante, contínua, mas sim em quantidades dramaticamente diferentes durante as diferentes partes do ciclo de 28 dias.
.....Nos primeiros oito a onze dias do ciclo menstrual, o ovário da mulher produz muito estrogênio. O estrogênio prepara os folículos para a liberação de um dos óvulos. O estrogênio é responsável pela proliferação de mudanças que ocorrem durante a puberdade: o crescimento dos seios, o desenvolvimento do sistema reprodutivo e a forma feminina do corpo da mulher.
.....A taxa de secreção de estrogênio começa a diminuir ao redor do 13º dia, um dia antes de ocorrer a ovulação. À medida que o estrogênio diminui, a progesterona começa a aumentar, estimulando um crescimento muito rápido do folículo. Com o início da secreção da progesterona, ocorre também a ovulação. Depois que o óvulo é liberado do folículo, este começa a mudar, aumentando de tamanho e tornando-se um órgão diferente, conhecido como corpus luteum. A progesterona é segregada pelo corpus luteum, este minúsculo órgão com uma enorme capacidade para produzi hormônio. A onda de progesterona no período da ovulação é a fonte da libido – e não o estrogênio, como normalmente se pensa.
.....Após 10 ou 12 dias, se não ocorrer fertilização, a produção ovariana de progesterona cai drasticamente. É este declínio súbito nos níveis de progesterona que desencadeia a secreção endométrica (menstruação), o que leva a uma renovação de todo o ciclo menstrual.
.....A progesterona e o estrogênio originados nos ovários estimulam o crescimento do endométrio (tecido que reveste o útero), como preparação para a fertilização. O estrogênio age no crescimento desse tecido endométrico, enquanto a progesterona facilita a secreção nesse revestimento do útero, a fim de que o óvulo fertilizado (agora chamado de ovo) possa ser implantado com sucesso. A progesterona em quantidade adequada é, portanto, o hormônio mais essencial para sobrevivência do óvulo fertilizado e do feto.
.....Ao redor dos 40 anos de idade, a interação entre os hormônios se altera, o que leva, com o passar do tempo, à menopausa. Como isso ocorre, ainda não está bem claro. A menopausa pode ter início por alterações no hipotálamo e na hipófise, e não nos ovários. Os cientistas têm realizado experiências em que são substituídos os ovários de camundongos jovens por ovários de camundongos mais velhos e que já não conseguem reproduzir. Foi constatado que os camundongos jovens conseguem se acasalar e ter filhotes. Isso demonstra que ovários velhos colocados num ambiente jovem conseguem responder. Por outro lado, quando ovários jovens são colocados em camundongos velhos, estes não conseguem se reproduzir.7
.....Seja qual for o mecanismo que desencadeia a menopausa, à medida que menos folículos são estimulados, diminui a quantidade de progesterona e de estrogênio produzidos pelos ovários, embora outros hormônios continuem a ser produzidos. De forma alguma os ovários murcham e param de funcionar, como popularmente se acredita. Com a redução desses hormônios, a menstruação torna-se escassa, irregular e acaba um dia cessando por completo.
.....No entanto, outras partes do corpo – como glândulas supra-renais, pele, músculos, cérebro, glândula pineal, folículos do cabelo e a gordura do corpo têm condições de produzir esses mesmos hormônios, possibilitando ao corpo feminino fazer ajustes no equilíbrio hormonal após a menopausa, desde que a mulher tenha cuidado bem de si mesma nos anos do período pré-menopausa, com um estilo de vida e dieta adequados, além da devida atenção para com a saúde mental e emocional.
.....A mulher que passa pela menopausa tem a oportunidade de entrar nessa fase da vida fortalecida pela sabedoria e pela criatividade, como nunca antes. Ela ganha acesso ao conhecimento interior profundo. A renomada socióloga Margaret Mead disse: “Não há nada mais poderoso que uma mulher na menopausa e com entusiasmo!” Em muitas culturas ao redor do mundo a menopausa é uma transição e uma iniciação à realização do poder da mulher, totalmente sem sintomas. Ela é tida no mais alto conceito em sua comunidade, como uma idosa sábia e respeitada.
 
.....A pesquisa inicial que levou à síntese do estrogênio tornou possível o desenvolvimento da pílula anticoncepcional nos anos 60. Com o consentimento da Food and Drug Administration - FDA (órgão do governo norte-americano que controla medicamentos, alimentos, etc), a pílula foi amplamente comercializada como um método eficaz e convenientes de controle da natalidade. Finalmente chegava a verdadeira liberação sexual para as mulheres.
.....Porém, toda a base para a aprovação da FDA era apenas o resultado de estudos clínicos realizados em 132 mulheres de Porto Rico, que haviam tomado a pílula durante um ano ou mais.8  (Não importa o fato de cinco delas terem morrido no decorrer do estudo, sem qualquer investigação quanto à causa de suas mortes).
.....Em meados de 1970, o número de mortes de mulheres por ataques cardíacos começou a atrair a atenção do público. Então uma nova pílula foi criada, supostamente mais segura, com menor conteúdo de estrogênio. Mas na verdade nunca houve uma prova científica válida de que a pílula é segura – e nem mesmo, aliás, que qualquer um dos outros métodos anticoncepcionais atualmente disponível seja seguro. Somente agora as mulheres estão descobrindo o preço que vêm pagando por sua liberdade sexual – ao alterar seu equilíbrio hormonal, muitas e devastadoras disfunções emocionais e fisiológicas foram criadas.
.....Há décadas foi introduzida a anticoncepção via oral e hoje cerca de 60 milhões de mulheres em todo o mundo estão, na verdade, “fazendo experiência” com a pílula. A sua segurança e efeitos a longo prazo não foram ainda estabelecidos de forma conclusiva. É interessante notar, porém, que a pílula tem produzido uma grande variedade de efeitos adversos e efeitos colaterais, e apresenta uma ligação significativa com o câncer de mama, pressão alta e, especialmente, com doenças cardiovasculares – a principal causa de mortes femininas na Austrália: em 1992, um total de 27.883 mulheres morreram de doenças cardíacas e derrames, contra 2.438 mortes por câncer de mama.9 Trata-se de mera coincidência, ou talvez essa estatística indique o perigoso efeito colateral de se mexer com os hormônios?
.....Ao mesmo tempo em que é proclamado como o principal ingrediente que falta na mulher com menopausa, o estrogênio é altamente recomendado pelas indústrias médicas e farmacêuticas para prevenção de doenças cardiovasculares e da osteoporose. Em praticamente qualquer consultório médico em que entrem hoje em dia, as mulheres serão advertidas sobre os riscos inerentes à menopausa e pós-menopausa, se não tiverem a proteção do estrogênio. Elas são também relembradas, mais uma vez, que a menopausa é uma deficiência, o que supostamente significa uma carência de estrogênio e que, portanto, devem tomar doses suplementares para manter a saúde.
.....Como pondera a Dra. Lynette Dumble, "De um modo geral, a prevenção cardiovascular em mulheres tem se concentrado esmagadoramente na reposição hormonal. No entanto, como enfatiza Elizabeth Barrett-Connor, a Grande Experiência (o Projeto da Droga Coronária de 1973), que incluía dois regimes de estrogênio, foi feita em homens. Como parte do projeto da Grande Experiência, doses de estrogênio exageradamente excessivas aos níveis fisiológicos foram deliberadamente ministradas a homens, com o intuito de induzir ginecomastia (desenvolvimento excessivo da glândula mamária no homem), como um indicador de êxito na efeminação. Isso resultou em tromboses e impotência, e finalmente levou ao fracasso a pesquisa, devido à interrupção do tratamento entre os participantes do estudo." 10
Segundo o médico, pesquisador independente e autor de livros, Dr. John Lee, o estudo mais eminente (conhecido como Boston Health Study, realizado numa amostragem ampla de enfermeiras) e que formou toda a base da ligação positiva estrogênio-cardiovascular, foi radicalmente viciada.
.....Apesar de haver amplas provas de numerosos outros estudos mostrando que, na verdade, o oposto é verdadeiro (isto é, o estrogênio é um fator significativo na criação de doenças cardíacas), esses fatos foram virtualmente ignorados diante do furor pelo lucro. O Dr. Lee diz ainda que a publicidade farmacêutica omitiu o fato de que a incidência de mortes por derrame nesse estudo foi de 50 por cento mais alta entre as usuárias de estrogênio.
.....O Dr. Lee compilou uma lista de efeitos colaterais e de danos fisiológicos resultantes do uso de estrogênio, e que incluem: maior risco de câncer endométrico, incremento na gordura corporal, retenção de sal e de fluidos, depressão e dores de cabeça, prejuízos no controle de açúcar no sangue (hipoglicemia), perda de zinco e retenção de cobre, redução nos níveis de oxigênio em todas as células, espessamento da bílis e promoção de doenças da vesícula biliar, aumento da possibilidade de fibrocistos no seio e de fibrose uterina., interferência na atividade da tireóide, diminuição do desejo sexual, coagulação sangüínea excessiva, redução do tônus vascular, endometriose, cólica uterina, infertilidade, e restrição à função dos osteoclastos.
.....Com tantos efeitos colaterais e complicações perigosas, a mulher deve avaliar com muito cuidado a decisão sobre a terapia de reposição hormonal. Infelizmente, a maioria dos médicos dirá que não há alternativa. Embora certamente a maior parte dos médicos seja bem intencionada e esteja honestamente preocupada com suas pacientes, a principal fonte de conhecimento e informação sobre os medicamentos são as próprias companhias farmacêuticas. Como a maioria das mulheres também é carente de educação e compreensão acerca de suas opções, a menopausa pode ser vista como um período bastante assustador e perigoso.
 
.....Durante os último 15 anos, o Dr. Lee tem realizado pesquisas independentes sobre formas de progesterona derivadas de plantas, naturais. Suas pesquisas, sem verbas da indústria farmacêutica, apresenta um entendimento bem mais amplo sobre as opções hormonais da mulher, oferecendo uma alternativa totalmente segura e eficaz, livre de efeitos colaterais. Ele descobriu que esse hormônio natural (conjugado a uma boa dieta e mudanças no estilo de vida) é capaz de eliminar muitos dos sofrimentos associados à síndrome da tensão pré-menstrual (TPM) e à menopausa. Milhares de mulheres no mundo ocidental já usam progesterona natural – geralmente na forma de um creme (que dispensa receita médica) que é aplicado no corpo. Essas mulheres alegam que elas não apenas sentem alívio nos sintomas típicos da mulher, mas também experimentam uma maior vitalidade, a pele fica melhor, e o equilíbrio emocional se renova.
.....A progesterona natural parece ter sido totalmente negligenciada pela ciência médica, que tem se concentrado, erroneamente, no estrogênio. Considerando que a progesterona natural não é patenteável e ainda é barata, não surpreende que isso tenha acontecido. É importante, porém, ter-se um entendimento e uma avaliação bem mais amplos a respeito deste extraordinário hormônio.
.....Como foi anteriormente mencionado, a progesterona é responsável por manter a secreção do endométrio, que é necessária para a sobrevivência do embrião, bem como pelo desenvolvimento do feto ao longo da gestação. É pouco percebido, no entanto, que a progesterona é a mãe de todos os hormônios. A progesterona é importante precursora na biossíntese dos corticosteróides supra-renais (hormônios que protegem contra o stress) e de todos os hormônios sexuais (testosterona e estrogênio). Isso significa que a progesterona tem a faculdade de ser transformada em outros hormônios ao longo do caminho, à medida que e quando o organismo precisar deles. É preciso que seja enfatizado que o estrogênio e a testosterona são produtos metabólicos finais feitos da progesterona. Não havendo uma quantidade adequada de progesterona, o estrogênio e a testosterona não estarão suficientemente disponíveis no organismo. Além de ser a precursora dos hormônios sexuais, a progesterona também facilita muitas outras funções fisiológicas importantes e intrínsecas (que serão discutidas mais adiante).
 
.....Os problemas femininos parecem estar em alta. Quarenta a sessenta por cento de toda as mulheres ocidentais sofrem de TPM. Além disso, elas sofrem de superabundância de sintomas, alguns da menopausa e outros não. Certamente algo muito alarmante parece estar acontecendo com as mulheres. Há indícios de que o equilíbrio hormonal adequado e necessário para que o organismo da mulher funcione de forma saudável está sendo interferido por diversos fatores. As pesquisas têm revelado que um grande número de mulheres nos seus 30 anos (e algumas até mais jovens), bem antes de ter início a menopausa, às vezes deixa de ovular no devido período.11  Sem ovulação, não há corpus luteum e nenhuma progesterona é produzida. O resultado é uma deficiência de progesterona.
.....Muitos problemas podem resultar dessa deficiência. Um deles é a presença, durante todo um mês, de estrogênio não combinado, com todo o seu elenco de efeitos colaterais, como já foi mencionado. Um outro é o geralmente não reconhecido problema do papel da progesterona na osteoporose. A medicina contemporânea ainda não tomou conhecimento de que a progesterona estimula a formação de novos ossos pela mediação de osteoblastos. Na verdade, é a progesterona que estimula novos tecidos ósseos e é capaz de reverter a osteoporose em qualquer idade. A falta de progesterona significa que novos osteoblastos não são criados e a osteoporose pode surgir.12
.....Um terceiro e importante problema resulta do inter-relacionamento entre perda de progesterona e stress. O stress combinado com uma dieta ruim pode induzir ciclos sem ovulação. A conseqüente falta de progesterona interfere na produção de hormônios que combatem o stress, exacerbando as condições estressantes que dão origem a novos ciclos sem ovulação. E assim prossegue o círculo vicioso.
.....Outro fator também importante que contribui para este desequilíbrio entre estrogênio e progesterona é o meio ambiente. Nós vivemos, no mundo industrializado, imersos num crescente mar de derivados petroquímicos. Eles estão no ar, nos alimentos e na água. Esses produtos químicos incluem pesticidas e herbicidas (como o DDT, dieldrin, heptacloro, etc), bem como vários plásticos (policarbonados, usados em mamadeiras e garrafões para água) e PCBs.
.....Esses imitadores do estrogênio são altamente solúveis em gordura, não são biodegradáveis nem bem expelidos, acumulando-se nos tecidos gordurosos de animais e humanos. Esses produtos químicos possuem uma incrível capacidade de imitar o estrogênio natural, e receberam o nome de xeno-estrógenos, já que, apesar de serem produtos químicos "estrangeiros", são absorvidos pelo receptores de estrogênio no organismo, interferindo seriamente nas alterações bioquímicas naturais. (Ver "Nota do Tradutor" no final).
.....Crescentes pesquisas estão agora revelando uma alarmante situação em nível mundial, criada pela inundação desses imitadores de hormônios. No recentemente lançado livro Our Stolen Future ("O Futuro Roubado", pela Dra. Theo Colburn e outros, L&PM Editores, tradução de Cláudia Buchweitz e revisão de Luiz Jacques Saldanha), foram identificados 51 imitadores de hormônios, cada um deles capaz de desencadear uma torrente de efeitos, como redução na produção de esperma, divisão celular e modelação de cérebros em desenvolvimento. Esses imitadores não somente estão ligados à recente descoberta de que a contagem do esperma humano despencou 50 por cento em todo o mundo, entre 1938 e 1990, mas também a deformações genitais, câncer da mama, da próstata e testicular, além de desordens neurológicas.13
.....O Dr. Lee descobriu um tema constante entre as queixas das mulheres sobre os aflitivos e muitas vezes debilitantes sintomas da TPM, da perimenopausa e da menopausa – excesso de estrogênio, ou, como ele denominou, uma "predominância estrogênica."
.....Agora, em vez de o estrogênio desempenhar seu papel essencial dentro da bem equilibrada sinfonia dos hormônios esteróides no organismo feminino, ele passou a ofuscar os demais "músicos", criando uma dissonância bioquímica. A última coisa no mundo que o corpo da mulher precisa é mais estrogênio – seja na forma de anticoncepcionais ou de terapia de reposição hormonal (TRH). Mas, quando os sintomas da predominância estrogênica aparecem, adivinhe o que é prescrito? Mais estrogênio! O delicado equilíbrio natural entre progesterona e estrogênio fica radicalmente alterado pelo excesso de estrogênio. E a deficiência de progesterona é então ainda mais exacerbada.
.....O Dr. Lee conseguiu compensar o efeito predominância-estrogênica através do uso de um creme transdérmico com progesterona natural. A progesterona natural, um derivado do colesterol, é feita a partir do inhame silvestre mexicano ou da soja, cujos ingredientes ativos são réplicas moleculares exatas da progesterona do organismo humano. É interessante notar que em países da Ásia e da América do Sul, onde as mulheres ingerem soja ou inhame, o termo "fogacho" nem mesmo existe em suas línguas. Elas também raramente sofrem dos inúmeros problemas femininos que atualmente afligem as ocidentais.
.....A suplementação com progesterona natural corrige o real problema – a sua deficiência. Não se conhece nenhum efeito colateral da progesterona natural, nem foi encontrado até hoje qualquer nível tóxico. A progesterona natural aumenta a libido, previne o câncer do útero, protege contra doenças fibrocísticas do seio, ajuda a proteger contra o câncer da mama, mantém o revestimento uterino, hidrata e oxigena a pele, reverte o hirsutismo (crescimento de pelos faciais) e a diminuição de cabelo, age como um diurético natural, ajuda a eliminar a depressão e aumenta o sentimento de bem-estar, promove a queima de gorduras e a utilização da energia armazenada, normaliza a coagulação do sangue, e ainda é precursora de outros importantes hormônios sexuais e anti-stress.
.....Até mesmo os mais predominantes sintomas da menopausa – fogachos e secura vaginal – desaparecem rapidamente com a aplicações de progesterona natural.
.....Há ainda outro benefício muito importante da progesterona natural e que merece um pouco mais de atenção. Embora a maioria das pessoas suponha que o estrogênio protege contra a osteoporose – uma das principais razões pelas quais as mulheres são estimuladas a usar a terapia de reposição hormonal – este, definitivamente, não é o caso.
.....Os antigos estudos nos quais a hipótese da proteção do estrogênio foi baseada, tiveram graves defeitos científicos. A pesquisadora canadense Jerilyn Prior, endocrinologista-chefe da British Columbia University em Vancouver, com outros colegas, reportando no New England Journal of Medicine, confirmou que o papel do estrogênio na osteoporose é mínimo. Em seus estudos sobre atletas femininas, esses pesquisadores descobriram que a osteoporose ocorre à proporção que as atletas se tornam deficientes de progesterona, embora seus níveis de estrogênio pareçam se manterem normais. A Dra. Prior continuou sua pesquisa com mulheres não atletas, que mostraram os mesmo resultados. Apesar de ambos os grupos estarem menstruando, elas apresentavam ciclos sem ovulação e, portanto, eram deficientes em progesterona.
.....A Dra. Prior então descobriu que a ausência de ovulação e um ciclo curto hoje ocorre em 50 por cento dos ciclos menstruais das norte-americanas, durante o final dos anos reprodutivos.14 Infelizmente, essas importantes descobertas passaram relativamente despercebidas na comunidade médica.
.....Como resultado de suas extensivas provas científicas publicadas nessa área, Prior confirmou que não é o estrogênio, mas sim a progesterona que é o hormônio nutridor dos ossos, ou seja, o formador de ossos. Ela conseguiu até mesmo identificar receptores de progesterona nos osteoblastos (células formadoras de tecido ósseo). Ninguém jamais encontrou receptores de estrogênio nos osteoblastos. Em resumo, é na mulher com deficiência de progesterona que ocorre perda óssea.15
.....Estes resultados foram obtidos num estudo de 3 anos em 63 mulheres com osteoporose e em fase pós-menopausa. Mulheres que usaram creme transdérmico com progesterona tiveram uma média de 7 a 8 por cento de incremento na densidade da massa óssea no primeiro ano, 4 a 5 por cento no segundo ano, e 3 a 4 por cento no terceiro ano! Mulheres que não recebem o tratamento nessa faixa etária normalmente perdem 1,5 por cento de densidade da massa óssea por ano! Esses resultados não foram obtidos com nenhuma outra forma de terapia de reposição hormonal ou suplementação dietética.16
.....O Dr. Lee acredita que o uso de progesterona natural, em conjunto com alterações na dieta e estilo de vida, pode não somente interromper a osteoporose, mas na verdade revertê-la – mesmo em mulheres com 70 ou mais anos.
.....Neste ponto é importante fazer uma distinção entre progesterona natural, produzida pelo organismo, e os sintéticos da progesterona – classificados como progestinas (ou progestogênios), como Provera, Duphaston e Primolut. Como você verá, há uma grande diferença entre as duas quanto aos seus efeitos no organismo, embora a maioria dos médicos use esses nomes de forma intercambiável.
.....Como a progesterona natural não é patenteável, as empresas farmacêuticas a modificaram molecularmente para produzir progestinas sintéticas, normalmente usadas em anticoncepcionais e na terapia de reposição hormonal.
.....As progestinas sintéticas, por não serem réplicas exatas da progesterona natural do organismo humano, infelizmente criam uma longa lista de efeitos colaterais, alguns dos quais bastante severos. Uma listagem parcial desses efeitos inclui dores de cabeça, depressão, retenção de fluidos, maiores riscos de defeitos no parto e abortos, disfunções renais, flacidez nos seios, sangramento irregular, acne, crescimento de pelos, insônia, edemas, alterações no peso, embolismo pulmonar, e síndrome do tipo pré-menstrual.17
.....E, muito importante, as progestinas carecem dos benefícios biológicos intrínsecos da progesterona e portanto não podem funcionar nos principais desdobramentos de síntese biológica, como o faz a progesterona, e desorganizam muitos processos fundamentais do organismo. A progesterona é um hormônio essencial que também desempenha um papel no desenvolvimento de células nervosas e cérebro saudáveis, bem como no funcionamento da tireóide. As progestinas tendem a bloquear a capacidade do organismo de produzir e utilizar a progesterona natural para manter essas funções promotoras da vida.
.....A história do hormônio é certamente complicada. Até agora, apenas uma versão dessa história tem estado ao alcance da maioria das mulheres ocidentais. Sérias dúvidas têm sido levantadas quanto à eficácia e conveniência do estrogênio e das progestinas, em qualquer de suas formas. As mulheres certamente estão sofrendo uma variedade de doenças femininas.
.....O que complica a história do hormônio é que o tratamento prescrito para essas doenças está na realidade tornando pior o problema. Sem compreenderem os efeitos colaterais de amplas conseqüências da predominância estrogênica e das progestinas, os médicos estão diagnosticando mal a causa dessas condições agravadas. Muitas vezes, outras drogas são então receitadas, com efeitos colaterais desastrosos, à medida que cresce a espiral de medicação desnecessária. Qual é o derradeiro sacrifício?  Não apenas a deterioração da saúde e do bem-estar emocional da mulher, mas também sua situação financeira, seu relacionamento, sua carreira.
.....Sem conhecimento adequado, sem educação e sem ter acesso a produtos naturais, as mulheres têm se tornado presas fáceis das poderosas campanhas publicitárias dos fabricantes multinacionais de medicamentos, que já convenceram médicos e órgãos governamentais de suas alegações. Está se tornando mais evidente que o bem das mulheres nem sempre está sendo levado em consideração nessa abordagem tendenciosa. Tampouco é incomum o lucro ter precedência sobre a saúde e o bem-estar. A última coisa que uma mulher precisa é ter as funções naturais do seu organismo denegridas como deficiências ou doenças – necessitando, portanto, de atenção médica contínua.
.....Está mais que na hora de a mulher assumir responsabilidades ainda maiores sobre a sua saúde, suas opções e seu estilo de vida. A maior de todas as armas contra a submissão e a ignorância é o conhecimento.
.....Está na hora de fazer perguntas difíceis aos que tratam da sua saúde, exigir respostas, e estar disposta a investigar alternativas seguras. Está ficando evidente que a mulher precisa participar no esclarecimento do seu médico sobre outras opções existentes, bem como escolher aquelas que ela preferir.
.....Certamente a mulher tem dentro de si mesma o poder não apenas para encontrar meios seguros, eficazes e naturais para curar-se, mas também para viver uma vida longa e plena, preservando a sua vitalidade, juventude e saúde. A mulher tem o direito de valorizar a si mesma e o seu corpo, em todos os estágios da vida. À medida que encontre o caminho para voltar a ter um maior equilíbrio dentro de si mesma, ela entenderá a profundidade da verdade do que o Dr. Deepak Chopra disse a respeito das mulheres: "A sabedoria feminina é a inteligência no coração da criação."
* * *
.....1. Quando o estrogênio não é compensado pela progesterona, ele pode causar aumento de peso, dores de cabeça, mau humor, fadiga crônica e perda de interesse pelo sexo – tudo isso parte da clinicamente reconhecida Síndrome Pré-Menstrual.
.....2. Não apenas está bem demonstrado que a predominância estrogênica estimula o desenvolvimento de câncer da mama, graças às ações proliferativas do estrogênio – ele também estimula os tecidos do seio e pode, com o passar do tempo, desencadear fibrocistos na mama, um quadro que tende a desaparecer quando se introduz a progesterona natural para compensar o estrogênio.
.....3. Por definição, o excesso de estrogênio implica deficiência de progesterona. Isso, por sua vez, leva a uma redução na taxa de formação de novos ossos na mulher pelos osteoblastos – as células responsáveis  pela realização desse trabalho. Embora a maioria dos médicos ainda não esteja a par disso, essa é a principal causa da osteoporose.
.....4. A predominância estrogênica aumenta os riscos de fibromas. Um dos fatos interessantes sobre os fibromas (e freqüentemente comentado pelos médicos) é que, independentemente do tamanho, os fibromas normalmente atrofiam quando chega a menopausa e os ovários deixam de produzir estrogênio. Os médicos que comumente usam progesterona em suas pacientes descobriram que ministrar progesterona natural também causa atrofia de fibromas.
.....5. Em mulheres sob predominância estrogênica e que menstruam, onde não ocorrem os picos e quedas de progesterona de uma forma normal a cada mês, a irrigação ordenada do revestimento uterino não ocorre. A menstruação torna-se irregular. Essa situação pode normalmente ser corrigida alterando-se o estilo de vida e usando um produto com progesterona natural. Isso é facilmente diagnosticável por um médico que analise o nível de progesterona em certas épocas do mês.
.....6. O câncer endométrico (câncer do útero) se desenvolve apenas quando há predominância estrogênica, ou estrogênio não combinado. Também isso pode ser prevenido pelo uso de progesterona natural.
.....A utilização de progestina sintética pode também ajudar na prevenção, razão pela qual um crescente número de médicos não mais prescreve estrogênio sem combiná-lo com uma droga progestogênica durante a terapia de reposição hormonal. No entanto, todas as progestinas sintéticas possuem efeitos colaterais.
.....7. Acúmulo de água nas células e aumento no sódio intercelular, o que predispõe a mulher a ter pressão alta (ou hipertensão), ocorre freqüentemente na predominância estrogênica. Esses também podem ser efeitos colaterais causados pela ingestão de progesterona sintética (progestinas). O creme com progesterona natural normalmente resolve isso.
.....8. Os riscos de derrames e ataques cardíacos são aumentados dramaticamente quando uma mulher está sob predominância estrogênica.
(Fonte: Leslie Kanton, Passage to Power, Random House, Reino Unido - 1995)
* * *
.....1. A progesterona é o primeiro precursor na biossíntese de corticosteróides supra-renais. Sem uma quantidade adequada de progesterona, a síntese de cortisonas fica prejudicada e o organismo então volta-se para caminhos alternativos, que produzem efeitos colaterais masculinizantes, como longos pelos faciais e diminuição de cabelo. Mais produção prejudicada de corticóides resulta numa diminuição na capacidade de controlar o stress, como o de cirurgias, de traumas, ou emocional.
.....2. Muitas mulheres em perimenopausa ou pós-menopausa e com quadros clínicos de hipotireoidismo (como fadiga, falta de energia, intolerância ao frio) estão na realidade sofrendo de predominância estrogênica não reconhecida, e serão beneficiadas pela suplementação de progesterona natural.
.....3. O estrogênio (e a maioria das progestinas sintéticas) aumenta o sódio e o acúmulo de água intracelular. O efeito disso é a hipertensão. A progesterona natural é um diurético natural e evita o acúmulo de sódio e água nas células, evitando assim a hipertensão.
.....4. Enquanto o estrogênio prejudica o controle homeostático dos níveis de glicose, a progesterona natural os estabiliza. Portanto, a progesterona natural pode ser benéfica tanto para os portadores de diabetes quanto para os portadores de hipoglicemia reativa. O estrogênio deve ser contra-indicado em pacientes com diabetes.
.....5. O afinamento e o enrugamento da pele são um sinal da falta de hidratação. Isso é comum em mulheres na perimenopausa e na menopausa, sendo um indicativo certo de diminuição de hormônios. A progesterona natural transdérmica é um hidratante da pele.
.....6. A progesterona desempenha importante papel ao manter saudáveis as células do cérebro. Doenças como a senilidade prematura (Mal de Alzheimer) podem ser, pelo menos em parte, outro exemplo de enfermidade decorrente da deficiência de progesterona.
.....7. A progesterona é essencial para um desenvolvimento saudável da bainha de mielina, que protege a célula nervosa. Um baixo nível de progesterona leva a dores recorrentes.
.....8. A progesterona cria e promove um acentuado senso de bem-estar emocional e de auto-suficiência psicológica.
.....9. A progesterona é responsável pelo aumento na libido.
(Fonte: Dr. John R. Lee, Retardando o Processo de Envelhecimento com Progesterona Natural - BLL Publishing, CA, EUA, 1994, p. 14)
A mulher recebe informações errôneas sobre hormônios, em detrimento da saúde, enquanto os fabricantes de medicamentos colhem enormes lucros à sua custa. 

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Quando é tarde para ser mãe?

Cresce o número de grávidas com mais de 50 anos. Há benefícios e riscos em criar um filho mais velha

FORA DO PADRÃO O casal Janete Pinheiro, de 52 anos, e Ítalo Silveira, de 88, com os filhos gêmeos, Pedro e Alice, de 4 meses. “Ninguém pode me dizer quando é tarde para formar minha família”, afirma Janete (Foto: Nidin Sanches/Nitro/ÉPOCA)
Aos 53 anos, a aposentada Suely Menezes se orgulha do pique que tem para brincar com seus netos e bisnetos. E com a filha Gabriela, de 1 ano e 6 meses. “Tenho estrutura emocional e econômica, algo que não tive com meus primeiros filhos”, diz Suely, mãe pela quarta vez. Depois que os mais velhos cresceram – hoje têm entre 38 e 29 anos –, Suely quis ser mãe novamente. Ela tomou hormônios para estimular a ovulação. Em laboratório, os médicos fecundaram o óvulo dela com um espermatozoide do marido e implantaram o embrião no útero. Casos como o de Suely são cada vez mais comuns. As mulheres colocaram de lado os limites impostos pela natureza – com a ajuda das técnicas de reprodução assistida – e revolveram corpo e alma em busca da maternidade depois dos 50 anos. O fenômeno é mundial. Desde 1997, triplicou o número de grávidas americanas com mais de 50 anos. Na Inglaterra, entre 2008 e 2009, aumentou em 55%. No Brasil, mães com mais de 40 anos respondem hoje por 4% dos nascimentos. Em 1999, respondiam por 1,8%.
Apesar da popularização, a maternidade tardia ainda impõe questionamentos sociais. Muitos especialistas afirmam que, depois dos 50 anos, o vigor físico e o psicológico não são os mesmos. Falta aos pais tardios, dizem, energia para lidar com os filhos. Estes, por sua vez, podem sofrer impactos psicológicos por terem pais que mais se parecem com os avós dos amigos. E, pior, correm maior risco de se tornar órfãos. Segundo o último censo, uma criança nascida no Brasil de uma mãe cinquentenária ficaria órfã aos 23 anos. Nos Estados Unidos e na Europa, onde a expectativa de vida é maior, essa idade subiria para 30 e 32 anos. No ano passado, o casal italiano Gabriella e Luigi d’Ambrosis perdeu a guarda da filha recém-nascida porque a Justiça considerou que ela, com 58 anos, e ele, com 70, eram velhos demais. A decisão chamou a atenção do mundo para o dilema: é possível (e justo) traçar um limite etário para a maternidade?
A maioria dos países não estabelece limite. A Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva recomenda que as clínicas de fertilização desencorajem mulheres na menopausa. Na Inglaterra, a Lei de Fertilização Humana e Embriologia sugere que apenas mulheres com menos de 45 anos recebam doação de óvulos – no caso de as candidatas não ovularem e precisarem de óvulos de outra mulher. Depois dos 43 anos, a chance de conceber um filho naturalmente é de menos de 10%. A quantidade de óvulos viáveis míngua até se esgotar, por volta dos 50 anos. Poucas mulheres assumem recorrer a óvulos doados – o que implica assumir que a criança não carrega sua carga genética. “Não conto para ninguém porque não quero que questionem se a minha filha é biologicamente minha ou não”, diz uma arquiteta carioca que deu entrevista a ÉPOCA na condição de não ser identificada. Em novembro, aos 61 anos, ela deu à luz uma menina. Diz que sempre quis ser mãe, mas adiou a gravidez por causa do trabalho e por falta de relacionamentos estáveis. Quando se sentiu segura com o atual companheiro, 23 anos mais novo, uma gestação natural era impossível. Filha única, pensou que sua família acabaria ali. “Não queria isso”, diz.
No Brasil, uma resolução do Conselho Federal de Medicina determina que procedimentos como receber ovodoação e fertilização sejam feitos se não houver risco para a mãe. A única restrição é o número de embriões implantados. Não pode passar de quatro depois dos 35 anos. “Uma gravidez múltipla é de alto risco em qualquer idade e só piora com o passar do tempo”, afirma José Hiran Gallo, coordenador da Câmara Técnica de Reprodução Assistida. Em março, ele diz que se reunirá com especialistas para propor mudanças. “A resolução é omissa por não fixar limite etário”, diz. “Há clínicas tratando mulheres cada vez mais velhas.”
A gestação em idade avançada pode trazer riscos à gestante e ao bebê. O risco de aborto é grande. A carioca Janete da Silva Pinheiro, de 52 anos, pensou que teria uma gravidez tranquila. Mas deu à luz em setembro os gêmeos Pedro e Alice depois de sete meses de gestação. “Acompanhei o sofrimento deles na incubadora por dois meses”, diz. Ela adiou a gravidez porque o companheiro, o psicólogo Ítalo Silveira, de 88 anos, tinha filhos de outros casamentos e não pretendia aumentar a prole. Mudou de ideia depois dos apelos de Janete. “Não me sinto culpada pela possibilidade de ele não acompanhar o crescimento dos filhos”, diz Janete. “Ninguém pode me dizer quando é tarde para formar minha família.”
O assunto é delicado. Caberia a alguma instituição governamental ou colegiado de profissionais decidir quando é tarde demais para ser mãe? Para os defensores da maternidade tardia, mesmo que os filhos percam os pais mais cedo, por volta dos 30 anos, essa idade é suficiente para eles serem independentes. “Não vejo egoísmo nem inconsequência”, diz a americana Sylvia Ann Hewlett, economista da Universidade Harvard, autora do livro Criando uma vida: mulheres profissionais e a busca por crianças. “A idade não muda a natureza zelosa de uma mãe”, diz. Pesquisas mostram que ter pais mais velhos pode ser bom. Eles estão estabelecidos financeiramente (desembolsam cerca de R$ 20 mil a cada tentativa de engravidar) e oferecerão educação e assistência médica de qualidade. As crianças contariam com a atenção integral dos pais, já fora do mercado de trabalho, o que se traduziria em maior desenvolvimento cognitivo e segurança emocional. Um estudo da Universidade de Iowa, nos EUA, descobriu que quanto mais velha a mãe, melhor o desenvolvimento da criança em testes de linguagem e matemática. Seria mais um indício de que, além de não ter tamanho determinado, coração de mãe não tem idade?


Embora nos dias atuais isso pareça arriscado. Na Biblia há relatos de mulheres que tiveram filhos bem mais velhas e com a benção de Deus. Acho mesmo que o desejo de ser mãe deve ser respeitado, e aquelas que almejam este tão desejado posto deve ir a luta. Pois afinal a vida é uma só, e não devemos partir sem antes completar nossa missão.

Boa sorte a todas. Mas lembressem que ainda tem a opção da adoção. Beijos...

                                        Solange Arruda

10 dicas de como emagrecer cozinhando

Fui uma criança gordinha e com muita fome, mas sempre soube que as minhas vontades infinitas de comer nunca poderiam ser comlpetamente atendidas.

Assistindo a alguns programas de culinária durante a tarde, tive a brilhante idéia de começar a cozinhar e aproveitar o fruto do meu próprio trabalho.

Com 8 anos de idade, fazia e comia tudo o que cozinhava. Sempre coisas bem calóricas.

Minha paixão pela gastronomia surgiu nesta época.

Aos 15 anos, comecei a me sentir mais menina, com mais vontade de me arrumar e de namorar. Foi quando todo mundo desistiu de me ajudar que senti o momento certo para se fazer uma dieta.
Novamente, a cozinha me salvou. Sou o exemplo vivo de que é possível, e muito mais fácil, emagrecer cozinhando.

Em apenas 3 meses, fui dos 98kg para os 62kg (peso que me encontro até hoje).

Testei muitas dietas, remédios, exercícios e médicos. Mas o ato de cozinhar me ajudou muito.

Foto: Getty Images

Divido com vocês as minhas 10 dicas de como emagrecer cozinhando:


1- Comece pela sua lixeira da cozinha. Observe a quantidade de lixo que você está produzindo: muitas embalagens plásticas, garrafas pets, saquinhos e vidros plásticos são sinais de que você consome os produtos que engordam mais.

2- Esqueça de uma vez por todas os produtos industrializados. Eles contêm muitos conservantes, e substâncias que dificultam o processo digestivo, atrapalhando o seu metabolismo.

3- Deixe de lado as gorduras hidrogenadas, óleo de canola, manteiga e creme de leite. Cozinhe com óleos mais saudáveis e menos calóricos, como o azeite de oliva e o óleo de coco. Além de conter pouca coloria, possuem o colesterol bom.

4- Nem sempre comer alimentos cozidos no vapor emagrece. Cada organismo reage de uma forma. No geral, alimentos crús são de mais fácil digestão, porém, deverão ser consumidos durante o dia já que nos exercitamos mais, e nosso intestino pode trabalhar mais também.

5- Abuse sempre das especiarias e vá aos poucos deixando o sal de lado. O sal faz com que nosso organismo retenha líquido, ao contrário das especiarias, que ajudam o nosso intestino a trabalhar mais.

6- Alimentos integrais não fazem milagre se forem consumidos em excesso.  Se for usá-los, substitua-os pela metade da dose normal, pois integrais dão maior sensação de saciedade.

7- Não comece regime cozinhando a versão loght de algum prato que gostava de comer: a frustação por tentar fazer um prato delicioso em uma versão light ou diet pode ser grande. Muitas vezes, só vai aumentar sua vontade de comer o original.

8- Coma à vontade gelatina light ou diet: são de baixa caloria e enganam bem a fome entre as refeições. Também ajudam a combater a flacidez do pós-dieta.

9- As saladas são bem vindas, mas seus molhos e acompanhamentos nem sempre. Uma boa pedida é fazer molhos com limão, muitas ervas e uma fruta que dê uma consistência de molho, sem usar muito azeite. Ex: bata uma pêra no liquidificador com pouquinho de água, coloque a salsa a gosto, manjericão, limão e um fio de azeite.  Use como tempero.

10- Substitua uma refeição por sopa: além de alimentar, te deixará mais leve. Para dar mais consistência, coloque pedacinhos de pão integral batido no liquidificador com parte do caldo. Ao ferver, vai engrossar a sopa sem deixá-la pesada.

Estas são dicas apenas de como iniciar um caminho. A força de vontade e a determinação serão pontos  decisivos para um bom resultado.

Coloquem os aventais, preparem as panelas e boa sorte!!!!